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sexta-feira, 15 de junho de 2012

POESIA

Boa tarde queridas e queridos!

Passei momentos fantásticos no campo, ficava sonhando com as férias, não via a hora  de ir pra casa do vovô. Adulta, sofri muito com a saída da vovó da roça, com a realidade de que aquele tempo bom tinha acabado... Em meio a esses momentos escrevi esse poema que posto hoje pra vocês!
Ele é tão verdadeiro e expressa um tempo tão precioso que, ao ler para uma das tias, foi impossível pra nós não chorar!

Saudade

Ah! Saudade da minha infância!
Daquele tempo de liberdade
Do acordar cedinho ao canto das aves
De sentir o agradável aroma das flores e do mato
Do frescor do novo dia que ia chegando
Das ervas e frutas fresquinhas colhidas no campo
Nas primeiras horas da manhã


Saudade das brincadeiras simples
Com gravetos, sementes, pedrinhas e vasos coloridos
Das muitas expedições feitas dentro da pequena mas grande fazenda
Trazendo debaixo do braço apenas uma esteira de palha,
um caderno e uma caneta
Somados a uma imaginação que dava asas.
Ah! Saudade!
Saudade do descer ladeira abaixo
Correndo, pés descalços
Ou na velocidade da velha bicicleta
Gritos de felicidade

Saudade das chuvas no pé da serra
Que faziam transbordar o estreito riacho na frente da casa
Águas que enchiam de alegria aqueles tantos moleques
Meus tios, ainda desabrochando pra vida
Festa pela certeza de uma boa colheita

Ah! Saudade das reuniões ao cair da tarde
No vão lateral da antiga casa
Ela abrigou algumas gerações de minha família
Saudade do colinho gostoso da vovó
Sentadas na varanda apreciando o pôr-do-sol  
Sons de cigarras nas árvores ao entardecer

Ah! Saudade!
Saudade do ombro que tantas vezes me transportou pelos caminhos escuros e incertos
Do céu tão belo a noite
Véu negro rebordado com pequenos diamantes
Ausência de luz, milhares de estrelas jamais contempladas pelo homem da cidade
Saudade também das noites de lua cheia
Lanternas de lado, era possível caminhar sob a luz do luar!

Ah! Saudade e tristeza
Sinto a minha limitação
Não tenho o poder para dividir com os que amo
As lembranças guardadas em minha memória
Cenários perfeitos, cenas eternizadas no céu
Lembranças doces, sensações que me acompanham e me fazem...

Ah! Saudade!
Saudade do que foi e do que há pouco irá
Mas o tempo não pára, a historia se refaz
Amanhã será eu na lembrança dos meus filhos, netos
Esperança, apesar do medo.


Eis a ladeira!!! Hoje é tão pequena pra mim, mas antes era uma grande aventura descer ai de bicicleta!!! Só de lembrar fico eufórica!!!
 Essas fotinhas lindas foram tiradas no final de 2009, fomos matar a saudade e apresentar a região pra Giovanni. Essa fofinha de maior idade é minha avó linda Georgina.

 Esse lugar me trás lembranças tão lindas! É impossivel não sentir saudades!
Infelizmente, por conta da falta de chuvas, hoje tá muito seco e a paisagem é bem diferente!


Lembrar é viver!
Grande abraço,

Iete

5 comentários:

  1. EU AMO MINHA MENINA IETE!

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  2. Este poema eternizou um momento de infância de forma muito terna e serena, como vc!

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  3. Choro em lembrar disso tudo... tempo bom que não volta!!

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  4. Muito lindo prima... Resta-nos apenas boas lembranças!
    Tempo bom q não volta!
    Camila Passos

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